terça-feira, 21 de outubro de 2008

VOU PROCESSAR ENNIO MORRICONE

Sim senhores e isto mesmo que vou fazer.
Vou mover um processo na justiça contra o Sr. Ennio Morricone.
Este cidadão não pode impunemente mexer com nossas emoções sem que seja responsabilizado por isso. Para ele e tudo muito simples e fácil, conhece a arte de manipular as notas musicais e de conduzi-las de uma maneira tão certeira que atinge sem nenhuma misericórdia a alma, os sonhos e os sentimentos mais bem guardados de uma pessoa.
Ele sabe muito bem o poder de sua musica, mas de maneira desalmada autoriza que suas musicas ilustrem estórias contadas no cinema.
Ele não poderá negar que sem suas musicas o filme CINEMA PARADISO, ate passaria despercebido. Basta lembrarmos da cena inicial do filme onde a câmera percorre a sala ate a sacada de onde se tem uma bela vista para o mar. Ao som de violinos e piano este trajeto da câmera já demonstra que nenhum ser humano irá sobreviver passivamente ate o final do filme.
Durante o desenrolar da estória contada no filme, lá esta ele com sua musica. Preparando o momento para dar o golpe de misericórdia. Mas ele e paciente vai dosando sua musica aos poucos, como um sádico. Vai pouco a pouco minando as emoções das pessoas presentes.
A cada cena do filme, a cada acorde da musica de ENNIO MORRICONE, o coração nem bate mais, apenas apanha. As lembranças associadas aos personagens do filme são cada vez mais presentes. Sim este senhor sabe que esta fazendo não poderá negar isto jamais em um tribunal.

Evaristo Mesquita/ ejomes2001

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MUNDO ANIMAL

ONDE ESTÃO NOSSOS CÃES E GATOS ?

Tenho andado por toda São Paulo City e um fato em especial vem chamando minha atenção. A falta de cães e gatos abandonados, praticamente não vejo nenhum.
Fiquei intrigado com isso, era normal tempo atrás encontrar estes bichos aos montes pela cidade de São Paulo. Passei então a observar melhor ate que descobri.
Um milagre havia acontecido, todos os cães e gatos abandonado haviam sido, como num passe de mágica, transformados em seres humanos abandonados.
Eles estão aos montes jogados pelas ruas, praças, avenidas e viadutos. São de todas as etnias, de todos os sexos, de todas as idades. A grande maioria e de pessoas que aparentam ter idade mais avançada, mas isto não e uma regra. A regra e que todos estão lá abandonados. Sabemos que mais de 90% delas não são paulistanas, sabemos também que 80% delas nem paulistas são. Mas isto não justifica nada. São Paulo esta de braços abertos para receber todos, mas infelizmente não pode acolher a todos como deveria.
Durante anos grupos irresponsáveis acolheram inúmeras pessoas as margens das represas Billings e Guarapiranga, nas beiras de córregos e nas poucas encostas de morros que a cidade possui. Agora só podemos acolher estas pessoas que chegam de todas as partes nas nossas ruas, viadutos, praças e avenidas.
Perguntei outro dia a uma destas pessoas onde “morava”, ela me respondeu:
- Na Avenida Paulista.
Então e isto, ela morava onde o estacionamento custa R$ 15,00 a hora. Onde o almoço executivo, pouco mais de 350 gramas custa os mesmos R$ 15,00.
Então e isto, temos um governante falando do pré-sal, falando sobre bolsa família e um bando de brasileiros famintos saindo de suas pequenas cidades sem nenhuma esperança e vagando pela grande Sampa a procura de migalhas. Os mais idosos se entregam ao álcool os mais jovens ao “crack”. Algumas fundações e associações tentam ajudar estas pessoas, mas na verdade o trabalho deles e quase como enxugar gelo.
Atualmente vemos os dois candidatos a prefeito falarem sobre o que vão fazer pela cidade e seus moradores. Mas nenhum deles se atreve a falar sobre o assunto. Afinal estas pessoas não são eleitores. Estamos num grande dilema.
O governo federal precisa urgentemente colocar a migração dentro de um patamar sustentável para qualquer cidade brasileira, identificando de onde vem o maior número de migrantes ajudando estas pessoas com investimentos em suas cidades. Não podemos deixar como ultima alternativa de sobrevivência as grandes cidades brasileiras. Pois elas nada têm a oferecer as pessoas humildes e despreparadas para o trabalho na cidade.

Evaristo Mesquita / ejomes 2008