domingo, 4 de março de 2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

MUSEU AUTOMOVEL BRASIL

MUSEU DE TECNOLOGIA ULBRA

Foi muito simples, peguei o trem ali na Estação Farrapos e segui ate a Estação São Luis/ULBRA no município de Canoas, ao lado de Porto Alegre-RS.
Meu coração batia acima da media, era uma felicidade incontrolável, uma ansiedade talvez só comparada a alguém que vê pela primeira vez o mar.
Mas eu ia ver um mar.
Um mar de carros e veículos antigos, 270 ao todo num espaço de 9.000 m2.
Mas além destes havia 300 veiculos em fase de restauros.
Um sonho prestes a se realizar.
Conhecer o Museu de Tecnologia da Ulbra.
Poder rever carros que desde minha infância já não circulavam mais era como encontrar velhos amigos.
Imaginava ver aquele ônibus escolar do Colégio Dante Alighieri que por muitos anos foi dirigido pelo Zezinho meu visinho aqui em São Paulo.
Era um domingo nublado, mas quente num inicio de setembro de 2008, ao descer na Estação São Luis/ULBRA nem tive paciência de esperar um ônibus, fui a pé mesmo seguindo pela Rua Uruguai ate chegar a Avenida Miguel Tostes. Segui direto pela portaria da ULBRA.


Nem acreditei ao chegar a frente ao museu.
Já do lado de fora um EMBRAER EMB 326 ,dava as boas vindas.
Nos jardins do museu vi alguns veículos militares um tanque e alguns caminhões. Ainda hoje dia 07. Maio.2011 e possível vê-los nas imagem do Google/maps.


Ao entrar o museu peguei um elevador que me levou ao 4º Andar que e onde começava a visita íamos percorrendo os grandes salões e descendo para o piso inferior ate chegarmos ao térreo.
Era uma emoção a cada reencontro, a cada descoberta.
Existia num dos salões uma sala anexa onde havia antigos rádios, reconheci um dos modelos expostos era igual ao do meu tio Edmundo que na década de 60 ouvia seus programas favoritos em seu apartamento no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro.
Vocês perceberam que citei um amigo de São Paulo um parente no Rio de Janeiro?
Pois é o Museu da Ulbra estava no Rio Grande do Sul, mas tinha historia de todo Brasil. Mas por decisão judicial o acervo do museu passou a ser leiloado para pagar uma divida de R$ 2 bilhões de reais com o governo federal.



                                                              PENSKE PC-22_1993
    Formula Indy em que Emerson Fittipaldi ganhou as 500 milhas de Indianapolis em 1993.
O maior museu de automóveis da America Latina começava a ruir.
Pela bagate-la de R$ 8.000,00 (lance mínimo) foi possível levar um DOGDE POLARA 1980.
A General Motors de São Caetano do Sul SP, doou inúmeros veículos fabricados aqui no Brasil para fazer parte do Museu. Tudo em vão.
Existe algo que não se pode perder que e a história de um povo, essa história não custa R$ 2 bilhões de reais, ela não tem preço.
A divida com INSS, Imposta de Renda vem se arrastando nos últimos 10 anos, existe também uma divida com fornecedores e ate salários.


Mas o acervo do museu não pertence à ULBRA pertencem a historia do automóvel no Brasil esse mesmo automóvel que gera valores absurdos de impostos todos os dias.
Um país que não dá valor ao passado jamais terá futuro.
O presente e uma ponte que necessita de um lado no passado e outra no futuro.