quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

CACIQUE SEATTLE TRIBO DUWAMISH

Carta do Cacique Seattle.


Carta escrita pelo Cacique índio Seattle, da tribo Duwamish, do Estado de Washington, dirigida ao Presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Pierce, em 1855, na qual respondia à proposta do Governo de comprar a terra dos índios, pertencente à sua tribo.


O Grande Chefe mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que, se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. 

O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.
Como pode querer comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do esplendor da água, como então pode comprá-los?
Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As montanhas rochosas, as fragrâncias dos bosques, o calor que emana do corpo de um potro e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. 

O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra. Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é, para nós, sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se lhe vendermos a terra, terá que se lembrar que ela é sagrada e terá de ensinar a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se lhe vendermos nossa terra terá de se lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos e seus, e terá de dispensar aos rios a afabilidade que daria a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidas a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos seus. A vista de suas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há um lugar sequer calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece apenas insultar os seus ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as aves, o homem. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se lhe vendermos nossa terra, terá de se lembrar que o ar é precioso para nós. Que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se lhe vendermos nossa terra, deverá mantê-la reservada, feito um santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim, pois, vamos considerar sua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.

O Grande Chefe deve ensinar a seus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito ao país, conte a seus filhos que a riqueza da terra são as vidas dos nossos parentes. Ensine a seus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra, fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem: é o homem que pertence a terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. 
Tudo está relacionado entre si.

Tudo quanto agride à terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida; ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer para a trama, à si próprio fará.
Os nossos filhos viram os seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmo alguns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem andado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre nossos túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa de amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos apesar de tudo. Vamos ver. De uma coisa sabemos que o homem branco venha talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgue, agora, que o pode possuir do mesmo jeito como deseja possuir a nossa terra; mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco.

Esta terra é querida por ele e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuem poluindo as suas camas e hão de morrer uma noite, sufocados em seus próprios dejetos!

Porém, ao perecerem, eles brilharão com fulgor, abrasados pela força de Deus, que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos acreditar como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça. 
O fim da vida é o começo da luta para sobreviver.

Compreenderíamos talvez, se conhecêssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes, para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos. Por serem ocultos, temos que escolher nosso próprio caminho.

Se consentirmos em vender a nossa terra, será para garantir as reservas que nos prometeu. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas florestas e praias, porque nós a amamos, como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.

Se lhe vendermos a nossa terra, ame-a como nós a amávamos. Proteja-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueça de como era esta terra, quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder e todo o seu coração: - conserve-a para seus filhos e ame-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.

Noah Sealth (1786-1866)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O "Fiofo" do boneco.


Bonecolão brigou com Bonecolino e mandou ele tomar no “fiofo”.
Pergunta.
Onde fica o “fiofo” do Bonecolino ?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

AS MULHERES SEMPRE ESTÃO NO PODER

Durante o final do primeiro mandato do presidente americano, Bill Clinton, este em campanha por sua reeleição visitava a cidade natal de sua esposa Hillary Clinton.
A comitiva parou num posto de gasolina e Bill cumprimentava as pessoas próximas a ele sem deixar de observar que Hillary conversava animadamente com um rapaz que era o proprietário do posto de gasolina, por sinal um posto bem simples.
Ao deixarem o local Bill não se conteve e perguntou a Hillary quem era o rapaz.
Hillary disse e um amigo. Um amigo especial da escola foi meu namorado por um breve período.
Bill não se conteve e disse.
- Ainda bem que você não se casou com ele, senão seria esposa de um frentista.
Ela então responde.
- Se ele tivesse casado comigo seria o Presidente dos Estados Unidos.

ejomes/1997

sábado, 17 de novembro de 2007

TEORIA GOEBBELS

Paul Joseph Goebbels, foi Ministro da Propaganda Nazista de Adolf Hitler. Criou uma teoria conhecida como “Teoria de Goebbels” a qual diz que uma mentira contata varias vezes acabam-se tornando uma verdade.
Muitas vezes uma mentira nem precisa ser contada diversas vezes. Uma só e o suficiente para cometer numa injustiça irreparável. Só que uma mentira precisa de uma outra para justificar a primeira e assim vai. Ate o dia que elas não se justificam mais e nem fazem sentido, neste dia como num passe de mágica a verdade aparece e os mentirosos desaparecem.


ejomes/2007 Evaristo J Mesquita

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

CENAS PAULISTANAS

Estação da Luz do Metro paulistano observe esta cena da foto, em que um morador de rua e um cão dormem.
O fato e que o cão não pertence ao morador de rua e o morador de rua que pertence ao cão.
Muitas pessoas passando, algumas dizendo:
Coitado do Cachorro.
Ninguém falou nada a respeito do morador de rua.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Da cabeça oca de Bonecolino do cerebro infestado de idiotices de Bonecolão, mais uma incrivel estoria: Episodio de Hoje: EVARISTO MESQUITA ...MORREU !


Sim senhores nestes dias de pura atribulação, sonhei que havia morrido. Do que eu nem sei.
Cheguei ao céu e fui logo recebido por São Pedro. Com aquela barba branca, aquela túnica branca, aquele cajado enorme. Não havia duvidas era São Pedro mesmo.
Apresentei-me a ele.
- São Pedro meu nome e Evaristo Mesquita.
São Pedro pediu me para aguardar enquanto folheava um enorme livro.
-Sim, e você mesmo. Esta escrito, aqui Evaristo Mesquita. Pode ficar a vontade você esta no lugar certo.
Fiquei tranqüilo e logo fui perguntando se podia percorrer todo o céu pulando de nuvem em nuvem. Foi quando São Pedro me alertou sobre um detalhe, sem asas de anjo eu corria o risco de cair e me esborrachar no inferno terrestre.
Perguntei então o que era preciso para que eu conseguisse minhas asas e não corresse este perigo. São Pedro então disse, vou olhar mais atentamente sua ficha e ver porque você já não chegou aqui no céu de asas.
Após ler atentamente minha ficha, falou:
- Evaristo você sempre foi uma pessoa boa, dedicada, prestativa, alegre, honesta, muitas qualidades mas você nunca fez uma caridade. Sempre deixou de ajudar pessoas que precisavam de você. Agora para conseguir suas asas de anjo, terá que pagar uma penitencia aqui mesmo no céu, para ter direito a suas asas de anjo.
Falando isto São Pedro pediu-me que despise-me e nu percorresse por um tapete vermelho ate a porta de uma sala que encontravasse mais à frente.
Fiquei nu, e caminhei pelo tapete vermelho ate chegar ate a tal porta. Lá chegando entrei num enorme quarto. Todo branco, com janelas sem cortinas de onde se podia ver as estrelas.
No centro do quarto uma cama com lençóis de cetim. Na cama uma mulher. Uma mulher deitada na cama e nua. Sim ela estava nua. Uma mulher nua, mas que puta mulher feia, Deus me livre. Ela tinha uma perna mais fina que a outra. Os cabelos pareciam que foram queimados por algum alisante a base de soda caustica. Ela sorriu pra mim, foi a primeira vez que vi um sorriso sem dentes. Percebi que um seio era menor que o outro. Nas axilas um monte de pelos, mas parecia uma cabeleira “black power”. Uma enorme cicatriz ia da garganta ate o umbigo. Abaixo do umbigo um monte de pelos achei a principio que fosse uma taturana.
Neste momento, já em principio de pânico, ouvi a voz de São Pedro dizendo:
- Evaristo Mesquita, você que durante sua vida nunca, fez uma caridade. Só queria pegar e pegou só as lindonas, bonitas e gostozonas, agora terá que pagar esta penitencia para ter suas asas de anjos. Terá que fazer amor com esta mocreia durante 100 anos.
Neste momento um estrondo enorme da porta se fechando atrás de mim, ficando eu e a mocreia trancados dentro do quarto.
Mas o barulho da porta na verdade era um estouro de pneu na rua e eu acordei assustado, que horror. Acho que vou começar a fazer algumas caridades em vida.

sábado, 27 de outubro de 2007

BLADE RUNNER O FILME 16 ANOS DEPOIS


BLADE RUNNER fascina a quem acredita que toda obra de arte tem sua mensagem.
E este filme tem. Num mundo futurista maquinas a imagem e semelhanças dos seres humanas são destruídas após se tornarem obsoletas. Mas um grupo destas maquinas com inteligência emocional rebelasse contra o sistema e tenta fugir do seu destino final. Ai surge à figura do “Caçador de Andróides” que tem como missão à exterminação destas maquinas.
No momento final do filme, quando o personagem “Roy Batty” vivido pelo ator Hutger Hauer numa luta de vida ou morte contra o personagem “Rick Deckard” vivido pelo ator Harrison Ford já numa situação terminal diz :
- Afinal somos todos replicantes e um dia todos nos morremos.
Foi neste momento que percebi que o filme não falava de andróides, mas sim de seres humanos.
O filme tem ação, romance, violência e acima de tudo uma mensagem. A que todos nos seres humanos também somos replicantes e seremos mais dia menos dia exterminados pelo sistema. Talvez não um extermínio físico, mas um extermínio intelectual, moral e emocional. Por que o sistema não precisa de ninguém pensando. Ele só precisa de
pessoas que concordem com ele. Muitas vezes para sobreviver ao “sistema” pernicioso, muitas pessoas concordam com ele. Sem mesmo acreditar no que ele diz vão se fazendo de surdos, cegos e mudos. Não escuto porque sou surdo não enxergo porque sou cego e não falo porque sou mudo e ai o “sistema” te aplaude e te recompensa com um punhado de moedas de ouro.
Concorde com a injustiça contra uma pessoa e você será a próxima vitima desta mesma injustiça. Você pode ate se achar a pessoa mais importante do sistema, pois e assim que ele precisa de você. Ate que um dia você também será exterminada do sistema, pois estará obsoleta e sem utilidade para ele.
Eu prefiro dizer a verdade sobre o que vejo, sobre o que escuto, pois assim estarei sempre atual e mais humano na essência do significado desta palavra.

NOTA: A trilha sonora de “BLADE RUNNER’ tem musicas magníficas compostas e executas por Vangalis”.

evaristomesquita@terra.com.br / Ejomes2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

BOMBEIRO POR UM DIA

Em 1998 fui a serviço de uma empresa a sede do Corpo de Bombeiros da cidade de São Paulo, na praça Clovis Bevilac. Lá existe uma loja que vende suvenir da corporação são toalhas, bonés, broches e camisas com o distintivo da corporação fundada em São Paulo em 1880. Comprei então uma camisa pólo vermelha com este distintivo. Entre usar a camisa vermelha da Ferrari prefiro usar a do Corpo de Bombeiros. Guardei a camisa no armário e ate esqueci dela durante um bom tempo.
Ate que num sábado pela manhã já atrasado para uma reunião com pessoal do escritório percebi que não tinha nenhuma camisa passada e a única que estava disponível era a camisa vermelha.
Não perdendo tempo vesti a camisa compondo o visual com uma calça jeans e tênis.
Peguei o metro fui ate o centro, participei da reunião e na volta lá pelas duas da tarde entrei no metro na estação São Bento. O trem estava cheio e fiquei próximo a primeira porta do carro. Tudo corria bem. Íamos passando pelas estações em direção ao Jabaquara ate que na Estação Sta Cruz aconteceu. Na ultima porta do carro em que eu estava entrou um homem, alto, forte, trazia nos braços uma criança, toda enfaixada. Os dois braços uma perna e tinha uma atadura na cabeça. As portas do trem mal fecham para seguir viagem e este cidadão vem em minha direção, já com cara de chorão começa a falar.
- Deus abençoe vocês do Corpo de Bombeiros, foi um bombeiro que salvou meu filho.
A esta altura eu que tinha passado todo tempo praticamente despercebido passei a ser observado de maneira fixa por todas as pessoas presentes.
O homem então continuou.
- Estes bravos bombeiros, que são capazes de morrer para salvar uma vida merecem uma salva de palmas de todos nos.
Neste instante todas as pessoas começaram a aplaudir o suposto bombeiro, que era eu. Este cidadão já ao meu lado me abraça fortemente chorando e continuava com seu discurso.
- Você e um herói meu amigo, seus amigos bombeiros assim como você tem um lugar cativo no céu. Nunca vou esquecer de vocês. Muito obrigado.
A esta altura o trem era um tumulto só, pessoas se levantando dos bancos e vindo em minha direção me cumprimentando e eu ali sem saber o que fazer. Imaginem se digo aquele povo todo que não era um bombeiro. Que frustração seria para eles. Logo imaginei, que como não havia dito nada não poderia ser acusado de falsidade. Eram as pessoas que diziam que eu era um bombeiro. Eram jovens, crianças, velhos, gente de todo tipo falando comigo. Uma velhinha disse:
-Alguém tem uma câmera? Quero tirar uma foto com ele.
Graças a Deus ninguém tinha uma câmera. Logo o trem chega ao Jabaquara. Eu apavorado. Imaginem aparecer um bombeiro de verdade ou um Policial Militar, era cana na certa. Sai em disparada dali já ouvindo comentários do tipo.
- Será que este cara e mesmo bombeiro?
Nunca mais vesti a gloriosa camisa do Corpo de Bombeiros, esta guardada num lugar de honra dentro do armário.



Evaristo J Mesquita/Ejomes2005

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

ONIPOTENCIA HUMANA

Por acreditar que sempre estamos agindo do modo correto ficamos a espera de sermos recompensando pelas nossas atitudes. Trabalhamos superestimando as coisas que na verdade nem tem o valor imaginado.
Mas como e bom viver e aprender com as situações adversas. Por mais de 50 meses me dediquei a um projeto. Vivia integralmente imaginando o momento em que seria recompensado pela dedicação a tal projeto. Mas num telefonema de 50 segundos fui desligado do projeto.
A principio tentei culpar outras pessoas, pelo fato ocorrido. Mas horas depois passei a imaginar que se meu desejo de sucesso tivesse sido realizado do modo como eu imaginei eu teria me tornado onipotente. E as pessoas envolvidas não teriam o livre arbítrio da escolha.
Fiquei imaginado que o certo ou errado não nos pertencem de maneira única, temos que dividir isto com outras pessoas. E muitas vezes nesta divisão ficamos com a menor parte exatamente aquela que não nos interessa. O mais interessante e que nem uma das pessoas envolvidas neste processo tem o verdadeiro controle da situação. Muitas atitudes tomadas podem revelar um sucesso momentâneo ou um fracasso absurdo no futuro ou vice-versa.
O que vale e nossa importância pessoal e não a importância coletiva. Pois no dia em que um grupo de pessoas importantes se reunirem algo realmente grandioso acontecerá.

Ejomes/2007.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

POBREMA OU POBLEMA ?

Pois e todos meus amigos sabem como eu “adoro” dirigir neste transito lento de São Paulo, e sendo assim sempre que posso vou de ônibus, metro e ate de trem para evitar o transtorno do transito.
A vantagem disto e que além de não me estressar posso observar tudo que esta a minha volta sem medo de causar um acidente.
Mas o melhor e falar, ver e ouvir o povo. Outro dia peguei um ônibus para visitar um cliente, sentei no banco logo atrás de duas senhoras que conversavam animadamente.
Quando uma delas começou a falar mais alterada com a outra dizendo:
- Pó, mas você e burra mesmo. Então não sabe que pobrema e diferente de poblema ?
- A é ? E qual e a diferença não e tudo a mesma coisa? Disse a outra.
- Não e a mesma coisa não.
- Pobrema e quando você tem uma conta de luz pra pagar e não tem dinheiro.
- Poblema e uma conta de matemática.


Evaristo J Mesquita/ejomes2007.

sábado, 22 de setembro de 2007

NUM TREM PRAS ESTRELAS


NUM TREM PRAS ESTRELAS

Letra e Musica: Cazuza e Gilberto Gil


São 7 horas da manhã
Vejo o Cristo da janela
O Sol já apagou a sua luz
E o povo lá embaixo espera
Nas filas dos pontos de ônibus
Procurando aonde ir
São todos seus cicerones
Correndo pra não desistir.
Dos seus salários de fome
E a esperança que eles tem
Neste filme como extras
Todos querem se dar bem

Num trem pras estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas

Estranho teu Cristo, Rio.
Que olha tão longe, alem.
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não e nada sério
Eu vou dar o meu desprezo
Pra você que me ensinou
Que a tristeza e uma maneira
Da gente se salvar depois.

Num trem pras estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A VIDA



Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para faze-la doce. Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para faze-la feliz.
As pessoas mais felizes, não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
“ A VIDA NÃO É DE SE BRINCAR PORQUE UM BELO DIA SE MORRE “

Clarice Lispector

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A VIDA E BREVE

Hoje em dia tudo e muito rápido e agressivo. Tudo parece ser descartável, carros, roupas, alimentos, computadores. Mas o ser humano não é descartável pois ele ainda é e será por muito tempo a invenção mas maravilhosa e moderna sobre a face da Terra .
Por isso muitas pessoas como eu, não quer ser confundido com objetos, que após o uso são jogadas fora, pois enquanto um ser humano tiver uma boa saúde mental ele será sempre o senhor do Universo. As pessoas não tem tempo para ouvir, ver ou dedicar-se a outra pessoa. Estão sempre correndo de um lado para outro, acreditam que irão a lugar algum. Esquece-se que a atração gravitacional da terra não nos deixa ir a lugar nenhum .Rodamos e rodamos e sempre estamos nos mesmos lugares em relação ao resto do Universo.
O tempo diminui a intensidade da dor mas não consegue apaga-la.
Os momentos bons devem ser vividos com a intensidade de uma vida pois jamais voltaram.
Seja moderno usando o maior dom que o ser humano possui: o raciocínio.



Evaristo Mesquita / 2004

terça-feira, 28 de agosto de 2007

VEM FICAR COMIGO

Musica/Letra: Nando Reis & Dominguinhos.

Vem ficar comigo
Vem ser a luz da minha estrada.
Vivo esperando esse seu céu para brilhar.
Teu sorriso lindo,a tua boca doce sempre.
Eu necessito do teu amor pra me enfeitar.

Vem ficar comigo, vem cuidar de mim.
Só teu paraíso e que me faz viver feliz.

Não me deixe solto, posso me perder.
De tudo no mundo o que eu mais quero e ter você.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

CHINA ATE QUANDO ?

O recente escadalo da Mattell, sendo obrigada a retirar do mercado uma quantidade enorme de seus produtos, fabricados na China, nos faz perguntar.
Ate quando seremos lixeiras da China ?
Todos nos sabemos do custo de um produto industrializado. Sabemos que e quase impossível atravesar os oceanos e ter aqui um produto abaixo de 1 dollar.
Mas os chineses conseguem isto, e ninguém contesta isto. Os bobalhões brasileiros e de outros países continuam comprando estas porcarias, sabendo o que estão comprando. Sabendo também que inúmeros postos de trabalhos no Brasil e no mundo estão sendo perdidos graças a esse diabólico milagre chinês.
E fato que industrias brasileiras investiram na china, uma delas a fabrica de carrocerias Marcopolo,de Caxias do Sul-RS. E para surpresa de engenheiros da Marcopolo que lá estavam trabalhando, certo dia viram ao longe um onibus que se aproximava. De longe parecia ser um Marcopolo, mas a medida que o veiculo chegou mais próximo deles, virão um onibus com partes copiadas de um Marcopolo.
Ou seja eles investiram 8 milhões de dollares na China para serem copiados na cara dura.
Aqui no Brasil, cidades proximas a grande São Paulo, como Mogi das Cruzes estão sendo invadidas por chineses, que de sandálias havaina e roupas mal trapilhas compram os melhores, maiores e mais caros prédios da cidade.
Eles de olhos fechados estão fazendo o que estão fazendo. E nos de olhos abertos não enxergamos um palmo na frente do nariz.
Evaristo J Mesquita

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

VIOLENCIA SEM FIM

Foi seqüestrado na última segunda-feira o minúsculo empresário Boris Billo.

O seqüestro ocorreu quando o empresário dirigia-se a sua empresa a bordo do Mercedens Bens, placa BWZ 4141, de cor vermelha e branco da viação auto-ônibus Bola Branca.

Os seqüestradores usaram de muita violência ao pisarem no pé do empresário, em seguida vedaram seus olhos mostrando a ele uma foto do Lula vestindo a faixa presidencial.

Levado para local ignorado os sequestradores resolveram pedir o resgate, telefonando para a casa do empresário. Mas não foi possível pois o mesmo não tem telefone.
Pensaram então em escrever uma carta solicitando o pagamento do resgate, mas logo desistiram pois nenhum dos sequestradores sabia escrever.

Resolveram então ir pedir o resgate pessoalmente e descobriram que a única pessoa que era amiga do empresário era sua ex-sogra.
Pediram então um resgate de R$ 100.000,00 reais, a ex-sogra disse que só podia pagar 1 real, mas era para que ele não fosse devolvido.

O bando então resolveu libertar o empresário.
Mas ele se recusou pois tinhas muitas contas atrasadas para serem pagas no dia seguinte e não tinha condições de salda-las.

Os seqüestradores então ligaram para a Policia e o empresário foi preso.

PORQUE LULA SÓ TEM 9 DEDOS ?

Se o governo Lula e bom ou não, ninguém sabe ao certo. Mas isto para mim não e importante.
A minha grande duvida e: Porque Lula só tem 9 dedos ?
Teria ele num momento de pura necessidade alimentar comido parte de seu decimo dedo.
Afinal se alguem tem 10 dedos e come 1, ainda sobram 9. Talvez por isso ele acredita que todos nós que tenhamos um pouco a mais devemos doar algo que não irá fazer falta no futuro.
Sim. Porque pelo visto este 10º dedo de Lula nunca lhe fez falta. Vejamos então:
1º Para coçar o saco não tem necessidade de usar dos 10 dedos.
2º para virar um copo de 51, não é necessario usar os 10 dedos.
3º Para mandar o povo brasileiro pra puta que pariu tambem não.
Então talvez por este motivo para que ele precisa de 10 dedos.

INFORMAÇÃO CORRETA: Luis Inacio Lula da Silva perdeu seu 10ºdedo durante expediente de trabalho, onde uma prensa hidralica apertou acidentalmente sua mão, esmagando seu dedo anular esquerdo.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

EQUILIBRIO MENTAL

Sobre um aspecto sensato e sereno, sobre a lucidez humana, um louco transloucado, possuído pelo desejo da loucura assume sua complexidade mental num atitude desesperada de fazer-se entender-se pelos malucos lunáticos e correlato, escreve de maneira desconexa sobre a teoria da sanidade.
Sou louco sim. Afirma com convicção. Sou louco sim, aos que pensão em solidão, sou louco sim aos que pensão no amor, sou louco sim aos que jamais estiveram prestes a total falecia mental.
Mas o que parece o ser humano, um poço de equilíbrio. Ou uma fossa desequilíbrio.O que faz o ser humano ao querer possuir o que nunca será seu. Pertence o ser humano a este sistema solar ou veio de um outro o qual ele mesmo conseguiu exterminar.
Porque olhamos tanto para as estrelas. Porque queremos alcançar o que não nos é possível.porque ? porque? e porque? Tudo queremos o porque.

terça-feira, 31 de julho de 2007

O FRIO QUE AQUECE O FRIO QUE MATA

A muito tempo não havia uma temperatura tão baixa. Fazia tanto tempo que nem lembrava mais de pessoas de rua que na impossibilidade de uma vida melhor, dormem ao relento e nesta epoca de frio intenso terminam seus dias numa calçada ou canto qualquer.
Mas este mesmo frio que mata, pode aquecer nossos corações, pode aquecer nossa vontade de ajudar. Mesmo que não tenhamos condições de trabalhar numa linha de frente podemos ajudar na retaguarda, promovendo eventos, procurando associações que já trabalham com este tipo de ação.

Vamos aquecer nossos corações e esfriar a indiferença.