sábado, 19 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
sábado, 12 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
CARTA CACIQUE SEATTLE
Carta do Cacique Seattle.
Carta escrita pelo Cacique índio Seattle,
da tribo Duwamish, do Estado de Washington, dirigida ao
Presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Pierce, em 1855, na
qual respondia à proposta do Governo de comprar a terra dos índios, pertencente
à sua tribo.
O Grande Chefe mandou dizer
que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua
amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não
precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua
oferta, pois sabemos que, se não o fizermos, o homem branco virá com armas e
tomará nossa terra. O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o
Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos
podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as
estrelas - elas não empalidecem.
Como pode querer comprar ou
vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da
pureza do ar ou do esplendor da água, como então pode comprá-los?
Cada torrão desta terra é
sagrado para meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa,
cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são
sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas
árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua
terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os
nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem
vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são
nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As
montanhas rochosas, as fragrâncias dos bosques, o calor que emana do corpo de
um potro e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande
Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele
exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um
lugar onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos
seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra.
Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é, para nós, sagrada.
Esta água brilhante que corre
nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se
lhe vendermos a terra, terá que se lembrar que ela é sagrada e terá de ensinar
a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos
lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da
água é a voz do pai de meu pai.
Os rios são nossos irmãos,
eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos.
Se lhe vendermos nossa terra terá de se lembrar e ensinar a seus filhos que os
rios são irmãos nossos e seus, e terá de dispensar aos rios a afabilidade que
daria a um irmão.
Sabemos que o homem branco não
compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro,
porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo
que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a
conquistar, ele vai embora. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e
nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa.
Ficam esquecidas a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança.
Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser
compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes. Sua
voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem
dos seus. A vista de suas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho.
Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada
entende.
Não há um lugar sequer calmo
nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da
folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja
por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece apenas insultar os
seus ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do
curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem
vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a
sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por
uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem
vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as aves, o
homem. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo
em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se lhe vendermos nossa
terra, terá de se lembrar que o ar é precioso para nós. Que o ar reparte seu
espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o
seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se lhe
vendermos nossa terra, deverá mantê-la reservada, feito um santuário, como um
lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a
fragrância das flores campestres.
Assim, pois, vamos considerar
sua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição:
o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço
que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na
pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do
trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de
ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos
apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os
animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão
de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem.
Tudo está relacionado entre si.
O Grande Chefe deve ensinar a
seus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos
antepassados. Para que tenham respeito ao país, conte a seus filhos que a
riqueza da terra são as vidas dos nossos parentes. Ensine a seus filhos o que
temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra,
fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles
próprios.
De uma coisa sabemos: a terra
não pertence ao homem: é o homem que pertence a terra. Disto temos certeza.
Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo
está relacionado entre si.
Tudo quanto agride à terra,
agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida; ele é
meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer para a trama, à si próprio fará.
Os nossos filhos viram os seus
pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da
vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com
alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde
passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas,
mesmo alguns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta
terra ou que tem andado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar,
sobre nossos túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança
como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus
com ele passeia e conversa de amigo para amigo, pode ser isento do destino
comum. Poderíamos ser irmãos apesar de tudo. Vamos ver. De uma coisa sabemos
que o homem branco venha talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus.
Talvez julgue, agora, que o pode possuir do mesmo jeito como deseja possuir a
nossa terra; mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua
piedade para com o homem vermelho e o homem branco.
Esta terra é querida por ele e
causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos vão acabar;
talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuem poluindo as suas camas
e hão de morrer uma noite, sufocados em seus próprios dejetos!
Porém, ao perecerem, eles
brilharão com fulgor, abrasados pela força de Deus, que os trouxe a este país
e, por algum desígnio especial, lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o
homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos acreditar
como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados,
as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas
colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá
acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à
caça. O fim da vida é o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos talvez, se
conhecêssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as
esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as
visões do futuro que oferece às suas mentes, para que possam formar desejos
para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são
para nós ocultos. Por serem ocultos, temos que escolher nosso próprio caminho.
Se consentirmos em vender a
nossa terra, será para garantir as reservas que nos prometeu. Lá talvez
possamos viver nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois que o último
homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma
nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo
nestas florestas e praias, porque nós a amamos, como ama um recém-nascido o
bater do coração de sua mãe.
Se lhe vendermos a nossa
terra, ame-a como nós a amávamos. Proteja-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueça
de como era esta terra, quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu
poder e todo o seu coração: - conserve-a para seus filhos e ame-a como Deus nos
ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é
por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.
Noah
Sealth (1786-1866)
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
TEORIA DA JANELA QUEBRADA
Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava a uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido/quebrado numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada dos atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseado nessa experiência foi desenvolvido a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços serão progressivamente ocupados por delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Aqui na cidade de São Paulo, desde a implantação do metrô foi usado essa teoria para que nenhum carro fosse depredado. Ainda hoje e possivel identificar carros do metrô da época de sua inauguração em 1977 circulando na linha Azul (Jabaquara-Tucuruvi). Então e possivel preservar o patrimonio publico privado de vandalos. E só não abandonar os espaços publicos.
sábado, 7 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
sábado, 31 de outubro de 2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
CONFISSÃO NO CONFISSIONÁRIO.
Uma voz feminina sussura no confessionário:
— Padre, perdoa-me porque pequei...
— Diga-me, filha, quais são os teus pecados?
— Padre, o demônio da tentação se apoderou de mim, uma pobre pecadora.
— Como é isso, filha?
— Quando eu falo com um homem tenho sensações no corpo que não sei descrever.
— Filha, apesar de padre, eu tambem sou um homem.
— Sim, padre, por isso vim confessar-me com o senhor.
— Bem, filha, como são essas sensações?
— Não sei bem como explicá-las... Neste momento meu corpo se recusa cair de joelhos e necessito ficar mais à vontade.
— Sério?
— Sim, padre, deseja relaxar...O melhor seria deitar-me...
— Como, filha?
— De costas para o piso, padre, até que passe a tensão.
— E que mais?
— É como um sofrimento, em que não encontro palavras para descrever, padre.
— Continue, minha filha.
— Talvez um pouco de calor me alivie.
— Calor?
— Calor, padre, calor humano, que leve alívio ao meu padecer.
— E com frequência é essa tentação?
— Permanente, padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me daria muito alívio.
— Filha?
— Sim, padre, me perdoa, mas sinto necessidade de que alguém forte me estreite em seus braços e ne dê o alívio de que necessito.
— Por exemplo, eu?
— Sim, padre, você é a categoria de homem que imagino poder me aliviar.
— Perdoa-me, minha filha, mas preciso saber tua idade.
— Setenta e quatro, padre.
— Filha, vai em paz que o teu problema é reumatismo.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
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