CARMINHA NÃO E SÓ UM PERSONAGEM
Em quanto um enorme grupo de mulheres e homens de bem lutam
contra a violência contra as mulheres, observamos uma incoerência sem tamanho
nos capítulos finais da novela “AVENIDA BRASIL”.
Entre tapas e sopapos a personagem Carminha e chamada de “vadia”,
“vagabunda” sem a menor cerimônia.
As maldades da personagem e o combustível para toda esta violência
contra a personagem feminina.
Violência explicita não devia fazer parte de uma peça de
arte, levando-se em conta que durante o dia a qualquer horário existem chamadas
para a atração das 21 horas.
Não posso esquecer Cazuza com sua musica que diz, “transformam
o pais inteiro num puteiro porque assim se ganha mais dinheiro”.
A situação e mais perigosa do que se imagina, pois a
personagem insita as pessoas a resolver as situações com violência,
principalmente contra o personagem feminino. Todos cogitam a morte da
personagem com a maior naturalidade do mundo.
Dados da ONU mostram que uma em cada cinco mulheres (20%) já
foi vitima de violência do gênero no Brasil. De 1997 a 2007, mais de 41 mil
mulheres foram assassinadas.
Acreditam os que escrevem a novela ser normal alguém ser
ruim e por esse motivo sofrerem atos violentos. Em nenhum momento se cogita na estória
ser o personagem “psicológica ou psiquiatricamente” doente e precisar de ajuda
medica.
Sem essa que o que eles querem e criar polêmica, pois nem
todas as cabeças entendem aquilo como obra de arte e procuram repetir no seu
dia a dia as atitudes que presenciam. Lembro-me no ano de 1980 quando fazíamos uma
leitura sobre uma pesquisa de mercado feita para uma famosa marca de sabonetes.
Verificamos que as pessoas entrevistadas haviam dito que a marca era boa porque
havia passado na TV.
A televisão, essa grande formadora de opinião dever rever
suas ideias em vez de criar relações perigosas com a violência.
ejomes@2012_10
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